No começo de 2019 foi inaugurado o Ambulatório de Ensino Integrado Professor Álvaro José de Oliveira – AMEI – na Cidade Pedra Branca. A iniciativa do curso de medicina tem o objetivo de ampliar a assistência médica a pacientes do SUS em Palhoça. O município já conta com a Policlínica de Referência da Unisul, localizada no Centro do município, que atendeu 65.215 pessoas em  2018. A expectativa para 2019 é que a Unisul realize 100 mil atendimentos pelo sus em Palhoça.

O ambulatório já existia mas antes funcionava em Forquilhinhas, São José, e disponibilizava  oito consultórios para atendimento a população. Com o aumento de vagas no curso de medicina, o local de atendimento precisou ser ampliado e foi transferido para o campus Pedra Branca, onde os estudantes realizam a graduação. No prédio novo, construído para servir ao projeto, o centro de atendimento conta com 20 consultórios, aumentando o fluxo de atendimentos para a comunidade. As especialidades são diversas: cardiologia, pediatria, ginecologia, psiquiatria, neurologia, entre outras. As consultas podem ser agendadas no próprio AMEI. Para isso, o paciente deve primeiro consultar em um hospital ou posto de saúde  e ser inserido no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) do SUS com indicação para uma especialidade. A partir da triagem no Sistema e de acordo com a gravidade, o médico responsável encaminha este paciente ao AMEI.  

Em entrevista ao portal de notícias Unisul Hoje o reitor Mauri Heerdt destaca a importância de um ambiente de ensino-aprendizagem, além de proporcionar resultados no amparo à população. “Aqui realizamos a missão da Unisul que é transformar vidas. E hoje transformamos a vida não só dos estudantes, mas também de toda a comunidade do entorno da nossa Unisul. Porque só o conhecimento não nos faz andar, precisamos ter atitudes para fazer a diferença”.

A Cidade Pedra Branca, bairro planejado há quase 20 anos, possui uma infraestrutura impecável. Bares e restaurantes tomam conta do Passeio, localizado no coração do bairro. No quesito saúde, o bairro conta com amplas clínicas médicas privadas. Porém os moradores não possuem nenhum tipo de atendimento público estatal. Grande parte da demanda, tanto da Pedra Branca, quanto dos bairros próximos tem sido suprida pelo atendimento oferecido gratuitamente pela Unisul que, hoje em dia, conta com diversos serviços.

Além do atendimento de especialidades médicas do AMEI, a Unisul também possui uma ampla lista de serviços voltados a comunidade. A clínica odontológica é um desses serviços que, como lembra a coordenadora do curso de odontologia, Keila Pereira, antes de mais nada é uma iniciativa pedagógica. “Para a formação dos nossos futuros dentistas, prestamos atendimento à população. Todos os procedimentos são supervisionados por professores da área, garantindo assim um atendimento de qualidade para os pacientes”. Os serviços odontológicos oferecidos são na área de prevenção e de tratamento. “Nós fazemos praticamente tudo dentro da clínica, desde uma restauração até uma cirurgia mais complexa. No início de agosto, realizamos um mutirão de cirurgias, onde extraímos em um dia 40 sisos”, reforça a professora Keila.

Para a população interessada em receber atendimento, a indicação é de que compareça até a clínica, que fica localizada na Av. Pedra Branca, 25 – Pedra Branca, Palhoça, no campus da Unisul, deixe seus dados e aguarde uma lista de espera . Essa parceria entre universidade e população tem causado um impacto positivo de ambos os lados. Para os alunos, que necessitam da prática dentro do curso, e do outro lado a população, que ganha com assistência médica gratuita e de qualidade. São realizados, em média, 1.500 procedimentos odontológicos por mês na clínica. O atendimento é realizado em pacientes de diversas regiões da Grande Florianópolis.

Dentro da estrutura da Unisul também está a clínica escola que oferta serviços de fisioterapia. O curso, que está funcionando desde 2000, idealizou a clínica em 2002 e desde então atende a população de Palhoça e da Grande Florianópolis. A coordenadora do curso, Luana Meneghini, destaca a busca pelo atendimento e a demanda da comunidade como algo positivo. “As pessoas interessadas na fisioterapia precisam ir até a clínica e realizar o cadastro, então elas são colocadas em uma lista de espera e aguardam as disciplinas que estão sendo trabalhadas no curso. Vale lembrar que além de prestar atendimento à comunidade, esse é também um ambiente de aprendizagem,” comenta. 

Além dessas, outras especialidades também são oferecidas à comunidade. As clínicas médicas, odontológica e de fisioterapia possuem grande procura, mas os serviços de psicologia e estética também oferecem vagas para que os moradores da região possam ser atendidos com qualidade e de forma gratuita. O ambiente de aprendizado, investindo na prática e formando profissionais com excelência, só mostra como a universidade pode ser agente transformadora na sociedade.

Viviane Abreu