Setembro Amarelo: Unisul promove atividades de conscientização e oferece atendimentos psicológicos gratuitos à comunidade

Neste mês de setembro, alunos e professores do curso de Psicologia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) estão promovendo atividades voltadas à campanha ‘Setembro Amarelo’, que desde 2015 conscientiza a população sobre o suicídio e cria um alerta acerca da compreensão necessária com aqueles que sofrem de depressão. Os estudantes oferecem atendimento gratuito à comunidade em clínicas localizadas nas unidades de ensino.

A professora e coordenadora do curso de Psicologia da unidade Pedra Branca, Luciana Abreu, comenta que o tema é trabalhado durante todos os semestres, através de palestras e cursos oferecidos pelo corpo acadêmico. Em setembro, dois minicursos preparatórios foram planejados, um deles já realizado, voltado ao manejo de pacientes em crises e emergências. Já o outro acontecerá em 29 de setembro, com instruções sobre comportamento de risco e manejo do paciente suicida, que contará com a participação de um oficial do corpo de bombeiros.  

Neste semestre, na unidade Pedra Branca, 15 grupos de psicoterapia estão sendo preparados para atender indivíduos que queiram tratar de temas como luto, divórcio, vínculos familiares, entre outros, além de uma turma voltada exclusivamente à comunidade LGBTQIA +. 

Minicurso de acolhimento e manejo de emergências na prática clínica | Foto: Arquivo Pessoal

Minicurso de acolhimento e manejo de emergências na prática clínica | Foto: Arquivo Pessoal

Os atendimentos psicológicos oferecidos são direcionados a todas as faixas etárias, e as  consultas são realizadas por professores e estudantes do curso, nos campi Pedra Branca, Tubarão e Florianópolis Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h. 


Para agendar o serviço, os interessados devem entrar em contato através do e-mail serviço.psicologia@unisul.com.br, e solicitar o link para a inscrição. Ao se inscreverem, passarão por critérios de seleção relacionados à renda familiar, disponibilidade para atendimento dentro do calendário acadêmico e objetivo terapêutico.

Sinais de alerta

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no mundo, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, sendo a quarta maior causa de mortes de jovens entre 15 a 29 anos.

Um dos objetivos do “Setembro Amarelo” é informar a população e incentivar diálogos e discussões com aqueles que se encontram em sofrimento. Segundo a psicóloga Luciana Abreu, a dificuldade de identificar quem sofre com a depressão é um dos motivos pelo qual acontecem tantos suicídios. “No geral as pessoas têm um comportamento mais retraído. Alguns podem já possuir uma doença psiquiátrica detectada, ou transtornos de humor ou personalidade, ou podem ainda expor comportamentos diferentes daqueles que costumavam apresentar, como irritabilidade e pessimismo”,  informa.

De acordo com a especialista, mudanças alimentares e de sono também podem ser um alerta. Ela afirma que, em razão das tecnologias, atualmente torna-se ainda mais difícil detectar alguns transtornos, devido à alta exposição às telas e ao consumo de TV e internet, pois, o excesso dos meios midiáticos é constantemente utilizado para justificar alterações de sono, que podem estar associadas à depressão.

Temas de conversas e ações de despedidas também devem ser observadas. “Os indivíduos podem vir a comentar assuntos relacionados a morte ou suicídio, ou apresentar um convívio familiar mais conturbado”, comenta a psicóloga.

Como ajudar? 

De acordo com a psicóloga Luciana Abreu, para ajudar um indivíduo que sofre com transtornos psicológicos é preciso demonstrar que está sendo empático com a situação e avaliar o grau de risco. “Muitas vezes é necessário ter conversas francas e perguntar se a pessoa já pensou em encerrar o sofrimento, ou se já ouviu falar que a depressão pode levar a ideações suicidas”, aconselha a profissional.

Apesar dos atendimentos oferecidos, e do amplo conjunto de especializações com que trabalham, a equipe de psicologia da Unisul orienta que o paciente que necessita de ajuda imediata ou esteja passando por crises mais intensas, que coloquem a vida em risco, seja encaminhado a emergência de um hospital, ou ao Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS), onde são realizadas consultas emergenciais. 

Outra opção de apoio emocional é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende via telefone 188 ou através do site:  www.cvv.org.br.

“Não se pode perder tempo. É importante manter a comunicação e não tratar o sofrimento alheio como drama, além de ajudar a procurar algumas saídas e buscar atendimentos profissionais, e apoio de amigos e familiares. Assim, quem sabe, podemos mudar um pouco esta realidade que é tão triste”, comenta a psicóloga. 

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