Coronavírus: falta de auxílio nas periferias

Com essa pandemia do Coronavírus, muitas medidas precisaram ser tomadas para o bem da população, a higienização e o isolamento social são exemplos. Porém como isso funciona nas periferias de Santa Catarina? Um lugar abarrotado de pessoas e esquecido por muitos, que precisa de auxílios, principalmente da prefeitura, porém nem sempre com êxito.

Um caso que mostra essa indiferença da prefeitura é o da Thaysa Maria, de 26 anos, moradora de uma comunidade em Capoeiras, Florianópolis. Em entrevista ela nos conta o quanto está assustada com essa pandemia e como tenta tomar a maior precaução possível para evitar riscos e sem o auxílio necessário se torna uma tarefa mais difícil.

Comunidade em Capoeiras, Florianópolis


A entrevistada ainda ressalta a insatisfação com os seus vizinhos, que em nenhum momento respeitam a quarentena, sequer evitam aglomerações, estão sempre na rua preparando churrascos, com música e com a presença de mais de 10 pessoas. Além de se preocupar com seus próprios cuidados, Thaysa diz ter que se prevenir e evitar riscos de terceiros, que não parecem se importar.

Como forma de prevenção ela lava suas mãos com sabão e faz uso do álcool em gel com frequência, removendo suas roupas e calçados na lavanderia e sempre que pode permanece em casa.

Thaysa Maria, morada da comunidade de Capoeiras, em Florianópolis.

Também conversamos com Emanoel de Souza, 43 anos, morador da comunidade Ilha Continente, igualmente localizada em Capoeiras, Florianópolis. O mesmo conta que não recebeu auxílio da prefeitura até o momento, como no caso da Thaysa, porém ele e seus vizinhos se ajudam diariamente, seja com alimentos, produtos de higiene ou de proteção. Apesar da demanda grande de pessoas, eles se viram como podem para manter o equilíbrio.

Comunidade Ilha Continente em Capoeiras, Florianópolis

O morador explica que sempre irão existir aqueles que não colaboram, mas as pessoas que conseguem auxiliar no dia a dia já fazem uma diferença enorme. Ele afirma que gostaria de um apoio maior para ter um controle melhor de tantas pessoas que ainda precisam de um amparo, que são indivíduos com falta de alimentos e com maneiras limitadas para a sua proteção e cuidado. Emanoel conta que gostaria muito de criar um abaixo-assinado para tentar chegar na prefeitura, caso decidir por isso, espera contar com a ajuda de todos.

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